sábado, 16 de maio de 2015

Exercícios finais de Ética, correção.

10 – Na herança socrática, a ética grega estava fundamentada na razão, entendida com o capaz de saber universal, e, portanto, de uma moral universal. Assim, o individuo que agia conforme a razão agia corretamente para Sócrates, que também dizia ser o vicio resultado da ignorância.
Platão entendia que o corpo, por ser a sede dos desejos e paixões, muitas vezes desvia o individuo do caminho do bem, então para alcançar a idéia do bem, é necessário purificar-se do mundo material.
Aristóteles, por sua vez, dizia que o fim ultimo de toda ação humana é a felicidade e que a felicidade maior encontra-se na vida teórica, promovida pela razão.

11 – Pela concepção da ética aristotélica toda ação humana tem como finalidade ultima a felicidade, mas em geral o ser humano equivoca-se nessa busca, seja por excesso, seja pela falta tanto nos atos como nas paixões. Assim, Aristóteles recomendava, para uma vida virtuosa, o meio termo, o equilíbrio entre esses dois extremos, que seriam os vícios. A virtude estaria no ponto médio entre eles.

12 – Primeiramente, é chamada de ética cristã por que a filosofia do período medieval europeu for produzida pelos primeiros padres da igreja católica. Assim, as concepções éticas que se desenvolviam nesse período levam marca do cristianismo, tal como a ética Deontológica. Por isso, caracterizou-se e diferenciou-se da ética grega por abandonar a visão racionalista do período anterior, entendo o caminho ético como ele é aquele orientado por Deus e a boa vontade e por atribuir uma importância até então desconhecida, ao tratar a moral do ponto de vista estritamente pessoal, como uma relação entre cada individuo e Deus, isolando-o de sua condição social.

13 – Ao tentar explicar como pode existir p mal no mundo, se tudo vem de Deus, que é bondade infinita, Agostinho formulou a tese de que cada individuo pode escolher livremente entre aproximar-se de Deus o afastar-se “Dele”: o afastamento de Deus seria o mal, a aproximação, o bem. Foi assim que Agostinho introduziu a idéia de escolha, de liberdade individual, de livre arbítrio. Como cada individuo pode usar bem ou mal esse livre arbítrio; é no bom uso da liberdade de escolha que está à virtude, e no contrário, o vicio.

14 – A ética moderna é considerada antropocêntrica porque, como humanismo renascentista, o ser humano e suas possibilidades voltaram a ser o centro das reflexões filosóficas, o que orientou uma concepção ética centrada na autonomia humana e em valores oriundos da compreensão acerca do que seria a natureza humana. Isso se observa na frase do iluminista Voltaire, que qualifica o “desprezo” social como o maior “freio natural” e regulador do individuo nas ações injustas. Nada de fundamentações teológicas , transcendentes, como na ética cristã. O que é insuportável para o individuo é ser desprezado por seus semelhantes, e essa é a maior punição que ele pode sofrer por seus erros.

15 – A ética kantiana caracteriza-se por uma ética do dever, o dever entendido como expressão da racionalidade humana, única fonte legitima da moralidade. Virtuoso, para Kant, é todo ato praticado de forma autônoma, consciente, conforme o dever (ou seja, de acordo com uma máxima) e por dever (porque se entende que ela deve ser uma lei universal). Isso se expressa no imperativo categórico: “Age apenas segundo uma máxima (um principio) tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal”. Assim, as normas morais devem ser obedecidas como deveres, mas se trata de um tipo de dever que se confunde com a própria noção de liberdade, porque, para Kant, o individuo que obedece a uma norma moral que atende a liberdade de razão, isto é, aquilo que a razão no uso de sua liberdade determinou como correto. Dessa forma, a sujeição a norma moral é o reconhecimento de sua legalidade, conferida pelos próprios indivíduos racionais. Por isso, há virtude quando o individuo se submete as forças das máximas de seu dever, de acordo com a ética Kantiana.

16 - a) Hegel insere-se nessa tendência contemporânea ao questionar o formalismo kantiano e considerar a fundamentação histórico-social dos sistemas morais de cada sociedade. Para ele, a moralidade assume conteúdo diferenciado ao longo da historia das sociedades e a vontade individual seria apenas um dos elementos da vida ética de uma sociedade em seu conjunto. A moral seria o resultado de uma relação de cada individuo e o conjunto social.
b) Marx insere-se nessa tendência contemporânea ao conceber que todo sistema moral, por originar-se do contexto histórico – social, também se constituiu em uma ideologia, pois seu conjunto de normal expressa uma forma de consciência própria a cada momento do desenvolvimento da existência social e, nesse sentido, seria uma das formas assumidas, pela ideologia dominante em cada sociedade para impor determinados valores, considerados necessários para manutenção dessa sociedade.
c) Habermas insere-se nessa tendência contemporânea ao propor uma ética discursiva fundada, no dialogo e no consenso entre os sujeitos, uma aposta de capacidade de entendimento entre as pessoas na busca de uma ética democrática e não autoritária baseada em valores validos e aceitos consensualmente. Assim, o que se buscaria nesse dialogo seria o estabelecimento de uma razão comunicativa, que não existe pronta nem acabada, mas que se constrói a partir de uma argumentação que leva a um entendimento entre os indivíduos.

9 – a) A ação moralmente correta é aquela em que o indivíduo adere conscientemente a uma norma moral e a cumpre, reconhecendo-a como legitima. A ação moralmente má ou incorreta é aquela que contraria determinada norma moral, embora o individuo que a pratique não tenha intenção de contestá-la.
b) Enquanto na ação moralmente incorreta o individuo simplesmente não cumpre a norma, sem a intenção de questionar sua legitimidade, em uma situação de conflito ético ele se recusa conscientemente a cumprir uma norma moral por entendê-la inadequadamente ou ilegítima.
c) O nilismo ético caracteriza-se pela negação radical de toda forma de normas morais, pela descrença generalizada nos valores vigentes ou na possibilidade de estabelecer valores universais. Por sua vez, o permissivismo moral, outra forma de negação dos valores vigentes, seria um tipo de resposta que obedece mais a interesses particulares e conveniências pessoais que a necessidade de contestar.

Ética para os:

  • Sofistas (V a.C. a):  ética é relativista.
  • Sócrates (469-399 a.c): alma racional, normas e costumes.
  • Platão (427-347 a.C.):  racionalismo ético necessita da sociedade.
  • Estóicos (332 a.C.): ética do autodomínio, controle individual, ataraxia.
  • Epicurismo (320 a.C.): desviar a dor, prazer espiritual ataraxia:
  • Aristóteles (384-322 a.C.): fim ultima felicidade ética do equilíbrio, eudaimonia
  • Tomás de Aquino (1225-1274): ética cristã com ideias aristotélicas felicidade do fim ultimo.
  • Agostinho (354-430): ética Deontológica imortalidade da alma, ideias platonista.
  • Iluminismo (1570-1750/ XIV-XVII): natureza humana e racional.
  • Kant (1724-1804): imperativo categórico, a máxima do bem é que ela se torne uma lei universal.
  • Hegel (1770-1831): ética com influência da historia, sociedade e cultura.
  • Marx (1818-1883): moral não absoluta fundamentação ideológica da moral.
  • Habermas (1929): ética fundada no dialogo comunicação.




Digitação: Bruno Costa Pedroso.

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